Você já se perguntou alguma vez o porquê da Bíblia parecer culpada de duplo sentido quando fala sobre “o mundo”? João 3.16 nos fala que Deus, o Pai, amou tanto o mundo que enviou seu próprio filho para consertá-lo. Mas também vemos em 1 João 2.15-17 que não devemos amar o mundo, e Tiago nos fala que a “amizade com o mundo” é “inimizade com Deus” (Tiago 4.4). Paulo nos fala em 2 Coríntios 6.17 para nos separarmos do mundo e “sairmos do meio” dos não crentes enquanto Jesus, em Marcos 16.15, ordena seus discípulos a irem “por todo o mundo”.
O que está acontecendo? O mundo é bom ou mau? Devemos amá-lo ou odiá-lo? Entrar ou sair dele?
A resposta é: tudo depende de que sentido da palavra mundo você está falando.
De acordo com os estudiosos, a palavra mundo tem três significados básicos na Bíblia. Ela pode se referir (1) à ordem criada, (2) à humanidade e (3) aos caminhos pecaminosos da humanidade, ou a cultura anti-teísta. É esse terceiro significado, por exemplo, que Paulo identifica quando nos diz “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente” (Romanos 12.2). Ele não está dizendo para evitarmos a criação ou outros seres humanos. Paulo está nos falando, na verdade, sobre o mundanismo.
Mais ainda, quando se trata do mundo, é necessário diferenciar entre “estrutura” e “direção”. É a diferença entre o que existe e como nós usamos o que existe. O mundo como uma estrutura se refere às pessoas (como o meu colega), lugares (como Brasil) e coisas (como arte e música) da realidade criada. “Direção” se refere ao uso ético (ou não) dos bens criados por Deus. Como a Bíblia ensina, Deus criou todas as coisas como boas (estrutura). Mas o nosso pecado danificou e corrompeu todas as coisas boas que Deus criou, “direcionando-as” para longe dele. Tudo que faz parte da realidade criada (cada pessoa, lugar e coisa) foi distorcido por causa do pecado.
O sexo, por exemplo, é um bem estrutural que Deus colocou dentro da criação, enquanto o sexo fora do casamento é um uso anti-ético desse bem. Ou, para usar um exemplo que um amigo meu costuma usar, a habilidade de criar narrativas em forma de filmes é um bem estrutural que faz parte da ordem criada por Deus (que é também um narrador). Mas sexo explícito, humor perverso e histórias vazias, comuns em muitos filmes que vemos, representam um uso anti-ético desse bem criado. Assim, enquanto Deus ama a estrutura do mundo (a criação), ele odeia a direção pecaminosa (a queda), apesar de estar no processo de redirecionar tudo de volta para si (redenção).
Devemos, obviamente, seguir a direção de Deus nisso. Devemos amar a estrutura do mundo (pessoas, lugares e coisas) enquanto lutamos contra a direção pecaminosa do mundo. Ou como Flannery O’Connor coloca, se você é um cristão, você “deve usufruir do mundo ao mesmo tempo em que batalha contra ele”.
Juliano Fabricio via
O que está acontecendo? O mundo é bom ou mau? Devemos amá-lo ou odiá-lo? Entrar ou sair dele?
A resposta é: tudo depende de que sentido da palavra mundo você está falando.
De acordo com os estudiosos, a palavra mundo tem três significados básicos na Bíblia. Ela pode se referir (1) à ordem criada, (2) à humanidade e (3) aos caminhos pecaminosos da humanidade, ou a cultura anti-teísta. É esse terceiro significado, por exemplo, que Paulo identifica quando nos diz “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente” (Romanos 12.2). Ele não está dizendo para evitarmos a criação ou outros seres humanos. Paulo está nos falando, na verdade, sobre o mundanismo.
Mais ainda, quando se trata do mundo, é necessário diferenciar entre “estrutura” e “direção”. É a diferença entre o que existe e como nós usamos o que existe. O mundo como uma estrutura se refere às pessoas (como o meu colega), lugares (como Brasil) e coisas (como arte e música) da realidade criada. “Direção” se refere ao uso ético (ou não) dos bens criados por Deus. Como a Bíblia ensina, Deus criou todas as coisas como boas (estrutura). Mas o nosso pecado danificou e corrompeu todas as coisas boas que Deus criou, “direcionando-as” para longe dele. Tudo que faz parte da realidade criada (cada pessoa, lugar e coisa) foi distorcido por causa do pecado.
O sexo, por exemplo, é um bem estrutural que Deus colocou dentro da criação, enquanto o sexo fora do casamento é um uso anti-ético desse bem. Ou, para usar um exemplo que um amigo meu costuma usar, a habilidade de criar narrativas em forma de filmes é um bem estrutural que faz parte da ordem criada por Deus (que é também um narrador). Mas sexo explícito, humor perverso e histórias vazias, comuns em muitos filmes que vemos, representam um uso anti-ético desse bem criado. Assim, enquanto Deus ama a estrutura do mundo (a criação), ele odeia a direção pecaminosa (a queda), apesar de estar no processo de redirecionar tudo de volta para si (redenção).
Devemos, obviamente, seguir a direção de Deus nisso. Devemos amar a estrutura do mundo (pessoas, lugares e coisas) enquanto lutamos contra a direção pecaminosa do mundo. Ou como Flannery O’Connor coloca, se você é um cristão, você “deve usufruir do mundo ao mesmo tempo em que batalha contra ele”.
Juliano Fabricio via







Glauce Lopes disse...
Olá Juliano
Amei seu blog.....
criativo.....
olhando por esse angulo sobre mundo, depende mesmo do contexto onde está empregada a palavra....interpretar da forma correta....
dê uma passadinha no meu blog e me siga se puder....ficarei feliz!
http://glauce007fm.blogspot.com
Shalom Adonai!