O medo constitui o cimento social.
As pessoas, e as pessoas somos nós, adoram religiões.
E cito essa palavra no sentido mais abrangente possível.
Quase toda estrutura na qual existe uma “verdade pré-estabelecida”,
documentada, a qual você tem acesso através de todo um sistema de entendimento, no fundo é uma religião.
As escolas formais que não se questionam e não se investigam mais,
que se tornaram blocos concretos e mortos, religiões falidas na sua missão de “religare”.
As organizações partidárias e outras em que você também cumpre rituais para, lentamente, se aproximar da liderança são religiões.
Todas levam o indivíduo a acreditar que você está no poder,
você está próximo de quem lidera. É o tão aclamado,”você está chegando lá” ou o “agora você faz parte”.
Esse modelo está em estado terminal e terá mais cedo ou mais tarde falência múltipla de órgãos.
Talvez uma outra forma de vida se faça sem o cimento social do medo e da manipulação.
E em acontecendo virá da ampliação da consciência pessoal,
da troca da culpa infantilizada pela responsabilidade madura sobre cada ato entre uma respiração e outra.
Viva o lado direito do cérebro. Viva a dissidência de todas as artes. Principalmente a do ser.
Na nova coluna da IdeaFixa “A palavra é“, Marcos Ferraz, poeta e redator, dissertará sobre temas e pensamentos que estão circulando pelo ar, mas valem um minuto de aprofundamento e reflexão.