Eu tento não gastar muito tempo com as controvérsias eclesiásticas, porém tento trazer equilíbrio para as mesmas. Minha “fonte de verdade” é a Bíblia, em grande parte (mas nem sempre) o que parece ser a interpretação mais aceita de seus textos baseado em estudos, no que os fiéis têm escrito sobre um determinado tópico/doutrina através dos séculos e no presente, a história da igreja, a história do mundo, a antropologia e, claro, a minha experiência de vida e a dos meus amigos mais próximos. Essas coisas são o que basicamente dão forma ao meu pensamento e talvez aquele da maioria dos seguidores de Cristo.
Os movimentos cristãos denominados “emergentes” e “igrejas que estão emergindo” (se você pesquisar a fundo a questão descobrirá que as duas não são exatamente iguais, mas quase) aparentemente têm o foca voltado para questões de diálogo e relacionamento, são compostas em grande parte por jovens, sendo estes quase todos – com exceções – “brancos”. Alguns aparentam ter o foco mais voltado para um cristianismo experimental e criativo do que para informações/doutrinas propriamente dito.
As igreja tradicionais mais antigas muitas vezes aparentam focar muito mais em doutrinas, verdade proposicional e o que alguns chamariam de pensamento racional, e menos em experimentação e criatividade.
Talvez os dois grupos estejam com raiva de mim agora… mas talvez não – AHA!
De qualquer maneira, eu estou interessado não somente no que está acontecendo atualmente, mas no que acontecerá com a igreja em geral quando a nova e a antiga igreja colidirem… e algo diferente das duas começar a… bem… digamos, “emergir”?!
No futuro, como já acontece hoje em dia, questões sobre doutrinas Bíblicas como o inferno, universalismo, homosexualismo e outras questões que talvez não sejam tão “secundárias” serão (e estão sendo) discutidas.
À medida que posições como estas afetam o nosso pensamento e prática em relação a Deus e a Sua Palavra, fico pensando na nossa mensagem e habilidade de influenciar a cultura, ao invés de permitir que a cultura seja o principal “discipulador” para nós ou para outros novos seguidores de Cristo. Tais coisas serão de interesse daqueles que buscam a Jesus a despeito de suas próprias crenças.
O “Jesus Movement” (Movimento Jesus, que surgiu nas décadas de 60 e 70) enfrentou muitas coisas semelhantes: informações antigas e confiáveis, interpretações bíblicas, formatos pré-estabelecidos de como ser e fazer “igreja”, e claro, uma metodologia tanto em relação à adoração comunitária quanto ao alcance daqueles que ainda não tinham uma ligação com o Senhor Jesus.
Nós éramos criativos e emotivos, e buscávamos justiça social em relação à guerra do Vietnã, ao alistamento militar obrigatório, à fome, à miséria, ao racismo, à discriminação de gênero e da prática sexual humana. O fato é que nós já estávamos lidando com todas essas questões antes E depois de começarmos a seguir a Jesus e descobrir (ou em alguns casos, re-descobrir) a Bíblia e seus ensinamentos.
Juliano Fabricio via