“O tirano morre e o seu reinado termina, o mártir morre e o seu reinado começa.” Soren Kierkegaard
Na opinião de Kierkegaard, o contraste entre cristianismo e cristandade estabelecida é claro: "O cristianismo é de uma seriedade tremenda: é nesta vida que se decide a tua eternidade(...). Ser cristão é sê-lo como espírito, é a inquietude mais elevada do espírito, é a impaciência da eternidade, é temor e tremor contínuo, aguçados pelo fato de encontrar-se neste mundo perverso que crucifica o amor e é abalado de estremecimento pela prestação de contas final, quando o Senhor e Mestre retornará para julgar se os cristãos foram fiéis".
Entretanto, depois de 2 mil anos de cristianismo, "tudo se tornou superficialidade na cristandade atual". E isso porque o cristianismo é visto como instrumento capaz de "facilitar sempre mais a vida, a temporalidade no sentido mais trivial". O que se quer é "viver tranquilo e atravessar o mundo em felicidade". Essa é a razão por que "toda a cristandade é disfarce, mas o cristianismo não existe em absoluto". E Kierkegaard se escandaliza diante da realidade - para ele, terrível - de que, entre as heresias e os cismas, não se encontra nunca a heresia mais sutil e mais cheia de perigos: a heresia que consiste em "brincar de cristianismo".
Sempre atual esse Kierkegaard.
“A angústia é a possibilidade da liberdade. É o medo dessa possibilidade. A angústia é o puro sentimento do possível. Se houver coragem de ir mais além, se constatará que a então realidade será muito mais leve do que era a possibilidade. E o grande salto será o mais difícil, será cair nas mãos de Deus, será a coragem.”
“A função da oração não é influenciar Deus, mas especialmente mudar a natureza daquele que ora.”
“A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente.” Soren Kierkegaard