Paulo foi um plantador de igrejas visionário e empreendedor que se sacrificou com amor para mergulhar na confusão de uma cultura que lhe era estranha.
Aqueles que atualmente lideram igrejas precisam considerar o seguinte em espírito de oração: Estamos formando uma geração de líderes dispostos a abrir mão de uma vida confortável para mergulhar na sujeira cultural da cidade? Ou estamos apenas brincando de igreja, desenvolvendo dependentes espirituais que consomem as mercadorias em liquidação na prateleira das igrejas, exigindo: “alimente-me”, ou “empanturre-me com mais conhecimento” ou até “faça eu me sentir pós-moderno”?
Não podemos mais nos dar ao luxo de permanecer no alto da montanha, acima da avalanche de lama cultural, castigando as pessoas por não deixarem a desordem e subirem para o local mais alto.
Não podemos mais nos satisfazer em lançar um bote salva-vidas de propostas com a intenção de resgatar.
Não podemos mais ficar sentados e inativos, lamentando a mudança e desejando voltar o relógio aos nostálgicos dias passados.
Não.
É tempo dos líderes, amarrados à corda salva-vidas do Espírito de Deus e a uma comunidade cristã, reunirem coragem e mergulharem no redemoinho sujo dessa onda cultural. Assim como Paulo afirmou ter feito em Corínto, também devemos nos tornar “tudo para com todos, para de alguma forma salvar alguns” (1Co 9.22b). Devemos procurar imitar o Deus, que mergulhou, ele mesmo, no esgoto da vida humana na pessoa de Jesus. Devemos reanimar o sonho de Deus em realizar essa missão de resgate por intermédio de um novo Corpo – o Corpo da sua Igreja – o corpo de Cristo “re-apresentado”.
Esse grande mistério de Deus, que se reapresenta ao mundo por meio daqueles que realmente nele confiam, deve tornar-se real por nosso intermédio. Essa deve ser a maior prioridade da liderança da igreja no mundo pós-cristão: tornar visível o Corpo invisível.
John Burke - Proibido a entrada de pessoas perfeitas