Não tem contaram? Amar ao próximo é a nova moda, a nova tendência do inverno. É ligar pro 155 e informar onde estão os moradores de rua pra alguém ir busca-los ou agasalha-los, pois melhor que fazer, é ligar pra alguém que vai fazê-lo.
Como assim, você não tá sabendo?! É moda também ser voluntário, ajudar as pessoas na rua, levar pão, sopa, agasalho, virar as costas e ir embora.
Vem gente, vamos amar ao próximo, ajudar a quem precisa, somos todos humanidade, e nisso, uma unidade.
Escolhe o melhor dia pra você, a atividade que prefere fazer, e vai cumprir sua penitência, alivia sua culpa, cumprir seu “karma”, e nunca mais aparece. Afinal, necessidade básica é comida e roupa. Atenção? não, por favor, cuidado também não, aí cada um que providencia o seu, também não sou um “Cristo” né?!
Mesmo porque, a moda de amar ao próximo, se ninguém explicou ainda, é amar o próximo que não é tão próximo. É seguir os passos de Jesus e ajudar os mais necessitados, visitar viúvas, órfãos, e deixá-los a míngua o resto do ano. E que no resto do ano eles se virem, também tenho a minha vida, as minhas prioridades, a minha agenda gospel de shows e eventos pra curtir, viagens para pregar o evangelho, pregar que Jesus é a novidade, é a vida, e a partir do momento que você aceitá-lo, ele vira notícia velha, e eu posso ir pra minha casa contente, afinal, não serei cobrado sobre isso no juízo final.
Amar ao próximo, afinal, é mais fácil quando ele não é assim, tão próximo. É mais tranquilo amar o morador de rua, com quem eu nunca convivo, mas me torno altruísta o suficiente pra gastar com ele ainda menos do que dou como dízimo, do que amar ao meu parente, ou o vizinho inconveniente que me faz pecar em pensamento toda vez que me irrita, ou a pessoa pentelha que postou isso no facebook, atrapalhando o horário do meu entretenimento.
Bianca Pedral via: rennovario



