“Eu não sou digno de sequer desamarrar suas sandálias”.
É como João Batista se sente diante de Jesus. Muitas vezes sinto o contrário, penso que ele também, como se merecesse mais da vida. Meu sentir é oscilante, por isso tento não confundir, quando sinto, desabafo, quando creio, é que afirmo.
Aprendi que quando estou sentindo que mereço sorte melhor, posso desabafar e até brigar com Deus.
É bom isso! É bom poder dizer exatamente o que sentimos ao Deus que nos conhece antes de dizermos, que não se assusta com nosso destempero, imaturidade ou seja lá como definimos tais rompantes.
É bom isso! É bom poder dizer exatamente o que sentimos ao Deus que nos conhece antes de dizermos, que não se assusta com nosso destempero, imaturidade ou seja lá como definimos tais rompantes.
De fato, a única maneira de não reservarmos em nós a sensação de que merecemos mais é se afrontamos sinceramente a Deus com nossa confissão ingrata. Que digam-nos os salmos de Davi. Somente quem escancarou a mais insatisfeita versão de si mesmo é que pode dizer que sabe que não merece todo o bem que em algum momento há de perceber no caminho.
Juliano Fabricio
ouvindo e lendo
©Alexandre Robles