"Por mais que os crentes se arrepiem, não temo divulgar minhas incertezas. Por vezes sinto-me inseguro como Davi quando achou que Deus lhe dava as costas e clamou: "Por que te escondes de mim?”. Subitamente pavores invadem minha alma e fujo para dentro de cavernas como Elias. Semelhante a João Batista, hesito em minhas convicções e pergunto: "Será que ele é mesmo quem propaguei ou eu estava enganado?". Sou um homem de fé -- eis a razão de tanta insegurança."
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Fazer as pazes com Deus significa mais do que rever pecados; saio do proibitivo e me arrependo de ter acalentado noções negativas sobre ele. Revejo conceitos para re-aprender que Deus se alegra quando celebro a vida. Só agora percebo: minha inadequação humana não me indispõe com a divindade. Meus tropeços não me condenam. Minhas tolices não me amaldiçoam. Mesmo imperfeito, sou apreciado. Não regurgito remorso. Não me chafurdo em falsas culpas. Celebro a minha humanidade sem a ameaça do fogo do inferno. Assim esboço algumas nuanças da graça.
Sei agora o que Misericórdia significa “voltar o coração para o miserável”. E como um miserável sei que em algum momento é obvio o tropeçar nos cadarços da condição humana...
Juliano Fabricio - ouvi isso do
[Ricardo Gondim] considerado Herege.
Me identifico com hereges assim!!!