Posso controlar meus atos em certa medida, mas não tenho controle direto sobre meu temperamento.
Se (como sempre falo) o que mais importa é o que somos, não o que fazemos - se, com efeito, o que fazemos é importante sobretudo na medida em que revela o que somos -, a conclusão inescapável a que chego é que a mudança mais urgente a que devo me submeter é uma mudança que meus esforços diretos e voluntários não podem realizar.
Isso vale também para as minhas boas ações.
Quantas delas foram praticadas pelos motivos corretos?
Quantas foram feitas por medo do que os outros iriam pensar ou por desejo de me exibir?
Quantas delas não surgiram de uma espécie de teimosia ou senso de superioridade que, em circunstâncias diferentes, me levariam a cometer atos abomináveis?
Não consigo, pelo esforço moral direto, dar motivos mais nobres às minhas ações.
Depois dos primeiros passos na vida cristã, nos damos conta de que tudo o que realmente precisa mudar na alma só pode ser feito por Deus.
hg
Pense nisso!!!
lendo C. S. LEWIS em
CRISTIANISMO PURO E SIMPLES