E a gente cabe em um metro quadrado, talvez menos.
O que nos dá a –provável– mais intensa sensação de ser livre, que é não depender de onde estamos. Isso se deve ao fato de sermos tão próximos, muitos e ao mesmo tempo um, uma: família.
É triste, acreditem, mas há famílias que mal se tocam: estabelecem distâncias do toque, do abraço, do aconchego, de tudo aquilo que pede contato físico.
Triste. Bem triste. A gente, por sorte, não é assim.
A gente se aperta, se espreme, se condensa, acha espaço onde parece não existir, faz uma massa compacta de corpo, alma, amor. Uma massa.
É isso: sabe quando a gente brinca de massinha de modelar e começar a misturar o azul, o rosa, o vermelho, o amarelo, o laranja e disso tudo, tão diferente, junto, se cria uma cor que não tem nome, mas onde todas as cores, visivelmente, estão ali? Então... aqui em casa somos assim, pura massa.
Ps: o amor tem massa e para contrariar uma linda música da banda Cidade Negra, o amor se mede sim,
se mede pela quantidade de beijos;
se mede pela quantidade de abraços;
se mede pela quantidade de cafuné;
se mede pela quantidade de tempo dispensado;
se mede e é totalmente palpável!!!
O amor só não tem régua de abraço, não tem bafômetro de beijo e amar demais não tem controle, pedágio, fiscalização. É realmente assustador. É realmente um choque nos tempos atuais.
Essa é a formula da nossa liberdade. Não abriremos mão!!!
Juliano Fabricio
Vivendo de amor