Sou uma farsa. Sou um patife, um mentiroso e um canalha. Sou também um santo em muitos sentidos, mas isso apenas distorce a essência da mensagem que eu deveria estar transmitindo. [Brabo]
Quando li essa frase pela primeira vez, não pareceu que eu estava lendo um texto. Parecia que eu estava confessando algo. Isso mesmo, pois, é isso que sou; um patife, um canalha, um mentiroso, uma farsa. Sei que não estou só nessas "qualidades", mas, tenho certeza absoluta que estou entre poucas companhias diante dessa confissão.
Não pretendo mais esconder minhas limitações. Quero expor para todos o quanto sou humano. Quero mostrar para todos, o quanto não sei de muitas coisas que muitas vezes dissimulo saber. Sou pequeno, e muitas vezes tenho dificuldades de reconhecer isso.
Vejo o quanto estou distante de abranger o sermão da montanha. Mas uma coisa eu entendo desse sermão de Mt 5; que a paixão de Jesus é pelos pobres, os que choram, os mansos, os caídos, os violados, os atormentados. "Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, diz o Senhor" (Is 57.15).
Você, que é leitor desse blog, entenderá que não sou muito diferente de você. Pense o quanto de problemas seriam resolvidos no meio cristão se os líderes religiosos começassem a entender o quanto nossa natureza é falha e pequena.
Enfim... parem com essa teologia triunfalista e idiota, de uma pseudo-santidade, o qual a Bíblia nunca exigiu. Ora, a proposta do Evangelho nunca foi que parássemos de pecar, e sim, que submetêssemos à vontade de Jesus.
Juliano Fabricio
um farsante