Caíram alguns muros; outros sobem.
Bandeiras ideológicas se esfarraparam; a suástica ressurge.
Morreram os heróis; populistas crescem.
Onde andam os Quixotes? O que fizeram dos santos?
Não desisti...
Ainda considero os humanos viáveis.
Concordo com a afirmação do poeta hindu:
“Toda criança que nasce é um recado de que Deus ainda crê na humanidade”.
Apesar do deboche dos políticos, da inclemência do capitalismo predatório e da indiferença dos quartéis, ADMIRO o que sobra no convívio humano: amigos se abraçam, trocam mensagens de incentivo, encontram-se em datas especiais e choram nas tragédias.
O sorriso inocente da criança e a fragilidade do ancião me dão vontade de cantar Gracias a la vida, junto de Mercedes Sosa.
👉👉👉👉👉 Constatação: Compraram os nossos profetas.
O profeta não traz mau agouro; apenas faz prognóstico a partir do que acontece e acena com um mundo diferente. Os seus lamentos têm a intenção de sensibilizar o povo na construção do amanhã. Assistir à marcha da ruína de braços cruzados é sempre trágico. Estamos carentes de profetas, mas não desistimos...
Ainda existem por aí profetas que não se assentam nas mesas dos poderosos, inclusive muitos não se venderam. Por que então não me rodear de gente, cujo preço ninguém pode pagar? Inspirado em Jesus, anseio aprender mais sobre a força da fragilidade, nunca da coerção.
Juliano Fabricio
Lendo hereges