A igreja cristã ainda não desenvolveu uma consciência suficiente respeito de seus equívocos a ponto de dar inicio a um auto exame mais sério.
Não resta duvida de que cometeu erros, no entanto deixou de reconhecer muitos deles.
Durante o período da colonização, a igreja, tanto protestante quanto católica, foi tomada por um senso de expansão missionária (missão esta que ocorreu muitas vezes de forma híbrida, de modo lamentável, com a própria colonização). Tal qual um time no meio de uma temporada vitoriosa, ou uma banda de rock em ascensão para a fama total, uma religião se expandindo em parceria com a colonização não se encontra propriamente em sua modalidade mais reflexiva, especialmente no que se refere às injustiças associadas à própria colonização.
Mas quando o fracasso bate à porta e quando algumas falhas se elevam ao nível dos escândalos e das atrocidades (a conquista e o genocídio dos nativos nas Américas, o comercio escravo mundial, a escravidão nas Américas, a segregação racial nos Estados Unidos, o apartheid sul-africano, a degradação ambiental, as duas grandes guerras mundiais, o Holocausto, o grande numero de japoneses civis mortos pelas bombas nucleares lançadas pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e Nagasaki, os escândalos de pedofilia, entre outros), as organizações tendem a se tornar mais reflexivas. Números em declínio também possuem um efeito similar.
A questão deixa de ser formulada como “O que deu errado?”, transformando-se em “O que está errado conosco”, o que por sua vez pode levar à indagação: “O que está errado com nossa mensagem?”.
O orgulho antecede a queda – e talvez organizações orgulhosas precisem experimentar uma queda antes de se abrirem ao arrependimento e à reconsideração.
Poderíamos começar, por exemplo, com o pedido de perdão de varias denominação que entregaram seus pares na época da ditadura. Como disse Abraão: “Não fará justiça o justo juiz de toda a Terra”
Ps: É por isso que existe muita denominação encardida por ai...
Juliano Fabricio em:
“o passado é pra ser esquecido, porém resolvido”