"A terra está impregnada com o céu
E cada arbusto inflamado de Deus
Mas somente os que enxergam descalçam as sandálias."
Ao longo do Antigo Testamento, Deus parece se alternar entre:
Espectador
&
Participante.
Por vezes, quando o sangue clama da terra, quando a injustiça se torna insuportável, quando a maldade ultrapassa todos os limites, Deus age decisivamente, até mesmo violentamente. As montanhas fumegam, a terra escancara sua boca, pessoas morrem.
O Novo Testamento, entretanto, mostra o Deus que generosamente compartilhou a dignidade da causação ao descer para se tornar sua Vítima. Aquele que tinha o direito de destruir o mundo (e quase o fez nos dias de Noé) escolheu no lugar disso amar o mundo, a qualquer custo.
Às vezes me pergunto sobre o tamanho da dificuldade que Deus enfrenta para não agir na história.
Qual deve ser a sensação de ver as glórias da criação (as florestas tropicais, as baleias, os elefantes) destruídas uma por uma? Qual deve ser a sensação de ver os próprios judeus quase aniquilados? da fome? de perder um Filho? Quanto custa para Deus se refrear?
Qual deve ser a sensação de ver as glórias da criação (as florestas tropicais, as baleias, os elefantes) destruídas uma por uma? Qual deve ser a sensação de ver os próprios judeus quase aniquilados? da fome? de perder um Filho? Quanto custa para Deus se refrear?
Tudo o que se segue descreve o curso agonizante da re-criação.
[Tudo porque Deus deu um passo para trás para ver o que Adão, o que você e eu faríamos]
Juliano Fabricio
“...em êxodo...”