“Cristianismo” são as coisas que os homens disseram e fizeram a propósito de Jesus.
Teologia é parte do cristianismo, um conjunto de palavras de homens.
O que os homens disseram sobre Jesus não é aquilo que Jesus disse.
Eu amo as coisas que Jesus disse, muito embora não tenha compreendido muitas delas, como “granjeai amigos com as riquezas da iniquidade”. O sermão do monte, as parábolas, os diálogos são todos maravilhosos e sobre eles escrevi muitas vezes.
Amo o que Jesus falou.
Mas não presto muita atenção naquilo que os teólogos falaram...
Uma marca dos teólogos é a sua incapacidade para a filologia.
Por filologia deve aqui entender-se, num sentido muito geral, a arte de ler bem, de discriminar fatos sem os falsificar mediante interpretações, sem perder, na ânsia de compreender, a circunspecção, a paciência e a finura.
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Abaixo deixo uma #provocação do sempre inspirador Hermes Fernandes:
Não tenho nada contra os 5 "solas" defendidos pela igreja reformada:
Sola Fide (somente a fé);
Sola Scriptura (somente a Escritura);
Solus Christus (somente Cristo);
Sola Gratia (somente a graça);
Soli Deo Gloria (glória somente a Deus).
O problema é querer resumir toda a proposta do evangelho neles. Por isso, rejeito o "sola solas". Por exemplo: por que não "Solus Spiritus"? Ou haveria outro capaz de nos regenerar? E que tal um "Sola Amore"? Ou não é o amor a virtude das virtudes, a única a definir quem Deus é? Para os que insistem em reduzir o evangelho, "sola mento".
Juliano Fabricio
lendo gente subversiva