Guerra é sempre guerra...
e nada tem a ver com Jesus de Nazaré, a quem sigo.
e nada tem a ver com Jesus de Nazaré, a quem sigo.
Aliás, que fique mais uma vez registrado, sigo a Jesus, o nazareno que há cerca de dois mil anos, andou pela palestina dizendo ser filho de Deus. Não sigo o Cristianismo que foi criado em seu nome (embora não negue sua influência em minha formação), não sigo o Judaísmo, que é o extrato de nação que restou das Doze tribos de Israel, reunidas sob reinados de Davi e Salomão, e também não sigo Moisés.
Se eu quisesse justificar um posicionamento político-religioso baseado numa hermenêutica que mistura cristianismo e judaísmo, encontraria sim muitos textos e interpretações teológicas que fundamentariam minha tese, mas como não creio nisso, afirmo novamente, sigo apenas a Jesus de Nazaré.
E certa vez ele se posicionou diante de seus discípulos, que eram, antes de tudo, filhos do Judaísmo, a cerca de uma iniciativa bélica e intolerante. Estavam de passagem por um povoado samaritano que foi hostil à sua presença. Um deles perguntou a Jesus se queria que pedissem fogo do céu para queimar aqueles infiéis samaritanos que ousavam desprezar a Jesus e seus líderes.
Os samaritanos eram irmãos/primos étnicos dos judeus, habitavam em terras limítrofes às deles, se odiavam de muitas formas e promoviam agressões sempre que possível. Jesus era um judeu, seus discípulos também e acabavam de ser agredidos por samaritanos.
Então, Thiago e João perguntaram se deveriam pedir/lançar fogo do céu contra eles. Eles inclusive citaram o profeta Elias, que no Antigo Testamento fez algo parecido.
Notem, eles citaram a Bíblia para intentar cometer um ato proteção e resposta de defesa a uma agressão de um povo inimigo que ocupa parte de seu território.
Qualquer semelhança com a história recente na Palestina não me parece ser mera coincidência. Qualquer semelhança com linhas teológicas evangélicas que defendem o direito de Israel se defender e atacar o inimigo que ocupa sua terra, a partir de leituras da própria Bíblia, não me parece mera coincidência.
Mas qual a posição do Jesus de Nazaré, aquele que eu digo seguir, lembra? Bom, Ele nem perdeu tempo tentando explicar o equívoco da hermenêutica bíblica de seus discípulos, nem quis discutir a quem pertence a terra, apenas afirmou que seu espírito não é de guerra, mas de paz; e que não veio para matar, mas para salvar.
Pouco tempo depois, seus discípulos e o mundo todo vieram a saber que a maneira como Jesus enfrenta o inimigo não é matando em guerra, mas morrendo em seu lugar. E para este ministério ele nos chamou, para enfrentarmos o mal com nosso próprio sacrifício, tudo porque não há motivo válido para a Guerra e se ela se impuser arbitrariamente, Jesus e seus seguidores se entregam em sacrifício, mas não se armam com justificativas teológicas para matar e destruir.
Os que são chamados de filhos de Deus, segundo Jesus, não são os que vencem a guerra, mas os que promovem a paz.
Pessoas como Gandhi, o "ímpio pagão", segundo os cristãos; Mandela, o "feiticeiro africano", segundo os cristãos; Martin Luther King, o "negro digno de escravidão", segundo os protestantes norte-americanos; Madre Teresa de Calcutá, a "idólatra do inferno", segundo os evangélicos.
Alguns dos que se sacrificaram não pela guerra, mas pela paz.
Juliano Fabricio
#contra todo sionismo desfarçado de racismo e
concordando com ©2014 Alexandre Robles
[linda imgagem do jimlepage]
#contra todo sionismo desfarçado de racismo e
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