Deveríamos nos sentir envergonhados pela Palavra, porque ela nos diz muito do que não queremos ouvir. Mas por que a maioria de nós não fica envergonhado? Por que a Palavra não nos exalta, amedronta e choca? Não é porque a desconhecemos. Nós a ouvimos semana após semana. Por que ela não nos força a reavaliar a vida? Estamos de volta às nossas ilusões.
Li algo de um cara Michel Quoist que diz tudo:
"Estamos satisfeitos com nossa vidinha decente. Estamos contentes com nossos bons hábitos: nós os tomamos por virtudes. Estamos contentes com nossos pequenos esforços: nós os tomamos por progresso. Estamos orgulhosos de nossas atividades: elas nos fazem pensar que estamos nos doando. Estamos impressionados por nossa influência: imaginamos que ela transformará vidas. Estamos orgulhosos do que damos, entretanto ocultamos o que retemos. Podemos até mesmo estar confundindo um conjunto de egoísmos coincidentes com verdadeira amizade".
Juliano Fabrício na nova série #provocações