#o melhor, imposto como norma, torna-se um mal.
Ansiedade, tristeza, angústia contínua, depressão… Esses podem ser sintomas de um aspecto do orgulho conhecido como perfeccionismo. Esse é um aspecto do eu idealizado viciado em autocrítica, que está sempre condenando e julgando. O eu idealizado é um tirano cruel que não admite erros.
Você tem que ser o melhor entre os melhores, a pedra mais preciosa. Então você se coloca em um movimento compulsivo de fazer, e está sempre se cobrando, se punindo e exigindo de si mesmo.
Isso não permite que você relaxe para perceber que você já é um diamante – você já é a pedra mais preciosa, e é justamente essa compulsão de provar algo para o mundo que te impede de manifestar seu brilho.
Isso não permite que você relaxe para perceber que você já é um diamante – você já é a pedra mais preciosa, e é justamente essa compulsão de provar algo para o mundo que te impede de manifestar seu brilho.
“O que é terrível em nossa época é precisamente a facilidade com que as teorias podem ser postas em prática. Quanto mais perfeitas, quanto mais idealistas são as teorias, tanto mais horrendas sua realização.
Estamos enfim começando a redescobrir o que os homens conheciam talvez melhor nos tempos muito remotos, nos tempos primitivos, antes que se pensassem em utopias: que a liberdade está vinculada à imperfeição e que limitações, imperfeições, erros são não somente inevitáveis, mas até salutares.
#o melhor não é o ideal.
Onde aquilo que é teoricamente melhor é imposto a todos como norma, não há mais lugar nem mesmo para ser bom. O melhor, imposto como norma, torna-se um mal.”
[Thomas Merton - Reflexões de um espectador culpado]