Dia após dia preciso cair de joelhos e orar como o publicano no templo, um pecador, porém sincero:
"Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador". Lc 18:13
A grande fraqueza na igreja como um todo, e certamente também na minha vida, está na recusa em aceitar nossa ruína. Nós a escondemos, afastamos, disfarçamos, douramos.
Pegamos o estojo de maquilagem e nos produzimos para parecermos admiráveis ao público.
Assim, apresentamos aos outros um eu espiritualmente íntegro, superficialmente feliz e com um verniz de bom humor autodepreciativo que passa por humildade.
A ironia está no fato de que, embora eu não queira que ninguém saiba que sou crítico, preguiçoso, vulnerável, que estou perdido e com medo de não conseguir manter a aparência, é justamente a aparência do mentiroso que estou querendo preservar, não a minha!
Se existe uma clara falta de poder e de sabedoria na igreja, ela surgiu porque não enfrentamos a grande deficiência de nossa vida:
a ruína própria da condição humana.
Sem esse reconhecimento, haverá pouco poder, pois Jesus disse ao apóstolo Paulo: "O poder se aperfeiçoa na fraqueza" 2Co 12:9.
Juliano Fabricio
Tentando ser eu mesmo