As Escrituras hebraicas têm uma mensagem muito simples e direta:
Deus sempre ouve o clamor do oprimido;
Deus importa-se com o sofrimento humano e as condições que o provocam.
Deus está à procura de um corpo, uma comunidade de pessoas interessadas naquilo pelo qual se interessa.
Deus outorga poder e bênçãos para que justiça e retidão sejam defendidas por aqueles aos quais foram negadas.
Deus é assim. Isso é ser Deus. Quem ele é.
Esquecer disso — deixar de ouvir o clamor, preservar a abundância à custa do impotente —, é não entender o que Deus tem em mente.
No auge do poder, Israel interpretou errado as bênçãos de Deus, dando-lhes o sentido de favoritismo e concessão de direitos. Tornou-se indiferente a Deus e ao chamado sacerdotal que recebera com o intuito de trazer libertação às pessoas.
Existe uma palavra para isso. Uma palavra para nomear o que acontece quando você ainda detém poder, riqueza e influência, mas, de um modo profundo, pôs tudo a perder esquecendo-se do motivo pelo qual tais coisas lhe foram dadas.
A palavra é exílio.
Exílio é quando você esquece sua história.
Exílio não tem a ver apenas com localização, mas com o estado da sua alma.
Exílio é quando você deixa de converter suas bênçãos em bênçãos para os outros.
Exílio é quando você se descobre um estranho para os propósitos de Deus.
Rob Bell e Dan Golden
no livro Jesus Quer Salvar os Cristãos