O panorama do RELIGIOSO de “nós, caras legais contra eles, caras maus” – heróis de roupas brancos versus vilões de roupas pretos – presta-se apenas ao grotesco: quanto mais preto, preto, preto eu pintar o meu inimigo selecionado, mais branco, branco, heroicamente branco isso me deixa. “Dou graças a Deus por não ser como os outros homens – especialmente o DIFERENTES DE MIM” (já sabemos o resultado disso em Lucas 18:11).

O RELIGIOSO, além da sua absoluta necessidade de fazer o contraste preto e branco tão rígido quanto possível, normalmente dá a interpretação mais negativa do comportamento do “inimigo” e a mais positiva (“passando ao largo”) dos “amigos”.

Meia-verdade: procuramos e falamos alto as piores coisas acerca do inimigo, enquanto negligenciamos a menção das coisas boas que poderiam aparecer e balancear esse quadro.

Meia-verdade: destacamos o nosso vilão selecionado, e realmente o colocamos na fogueira, cuidadosamente ignorando o fato que, se ele fosse comparado com os que estão ao seu redor, ele poderia se destacar como o melhor deles.

Meia-verdade: damos a pior interpretação possível para o que podem ser até mesmo fatos precisos sobre o nosso inimigo.

Meia-verdade: mantemos os holofotes sondando nosso inimigo e somos cuidadosos para que o mesmo não caia sobre nós.

Da mesma maneira em “Crime e castigo”, Dostoievski separou a humanidade em “ordinários” e “extraordinários”. Os “extraordinários” seriam homens e mulheres que têm o direito de fazer e acontecer na história. Eles não sofrem as penas que os demais estão sujeitos. Só as pessoas comuns são obrigadas a agir dentro do rigor da lei. As pessoas comuns, quando transgridem, sofrem não só o peso do tribunal, elas são, igualmente, devastadas pela culpa. As pessoas “ordinárias” não têm o direito de questionar as exigências morais que os “extraordinários” escrevem e impõem, pois eles são os eleitos – predestinados, escolhidos, ungidos.

Esse tipo de pretensão é uma doença que pode e infecta grupos e indivíduos assim como nações. (olha o Islan)

Uma vez que um grupo é convencido de que representa “Deus” contra “Satanás”, ele está em posição para justificar qualquer ação que se prove necessária para derrubar esse satanás. 

[A história nos conta que na maioria dessas tentativas, quem foi bem representado foi o próprio “Satanás”] 

Alguma dúvida... lei a história!!!

Juliano Fabricio
Constatando que não há nada novo!!!


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