Tomás de Torquemada e seus discípulos perseguiram e torturaram todos que ousassem discordar de sua interpretação limitada das escrituras. Torquemada, cujo nome em espanhol significa “ortodoxia da doutrina”, morreu como um ancião em 1498, sendo responsável pela morte de 2 mil pessoas queimadas na fogueira e pelo exilio de 160 mil judeus da Espanha como estrangeiros indesejáveis, tudo isso para a gloria de Deus é logico.
O que tenho visto de uma certa maneira são versões contemporâneas de seguidores de Torquemada em muitas denominações e igrejas cristãs. (Uma tendência que persiste e olha que nem tão sutil assim)
A premissa subjacente em seus discursos é:
“Não existe salvação fora da minha igreja”.
Assim como Torquemada, eles exibem a mesma estreiteza mental e ostracismo para com aqueles que ousam desafiar sua própria ortodoxia não histórica. A religião petrificou a compaixão em seus corações. (Conhece algo assim???)
Embora possam refletir uma rígida moralidade sexual, eles fecham os olhos para os desamparados, os necessitados, os vitimados e os feridos. (E esses você conhece???)
E suas comunidades, floresce uma versão hiperespiritualizada da salvação, intensamente voltada para o ego. É uma salvação de aparências que ocorre unicamente na mente, uma espécie de pseudoêxtase sem custo, empatia ou sensibilidade ao sofrimento dos inocentes.
Pouco preocupados em dialogar com outras igrejas, auto eximidos do julgamento de Deus, são indiferentes às dificuldades dos pobres, porém muito preocupados com algo conhecido como o “pôs-vida”. Confinadas no caixão de sua própria ortodoxia, tais igrejas só trazem discórdia e divisão ao corpo de Cristo.
Juliano Fabricio
Em uma tendência que persiste...