A história mostra:
Que Deus tem um cuidado especial com aqueles que o mundo pensa não serem importantes.
Que Deus fica do lado daqueles a quem o mundo despreza.
Que Deus fica do lado daqueles a quem o mundo brutaliza.
Que Deus está com aqueles a quem o mundo oprime.
Esse mesmo Deus rejeita a adoração que não transforma a vida e a conduta do adorador, que não faz o adorador cuidar da viúva, do órfão e do estrangeiro, aqueles que, na maioria das sociedades, estão entre os mais vulneráveis e menos influentes;
Que esse Deus preferia a obediência ao sacrifício, a misericórdia ao sacrifício, que fazem a justiça fluir como um rio, caminhando humildemente ao lado de Deus.
Que esse Deus sempre lembra ao seu povo de que um dia foram estrangeiros e escravos, uma lembrança que deveria inspira-los a serem generosos e compassivos com os estrangeiros e com todo o tipo de diferença que estão entre eles.
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‘Por que jejuamos’, dizem, ‘e não o viste? Por que nos humilhamos, e não reparaste? ’ Contudo, no dia do seu jejum vocês fazem o que é do agrado de vocês, e exploram os seus empregados.
Seu jejum termina em discussão e rixa, e em brigas de socos brutais. Vocês não podem jejuar como fazem hoje e esperar que a sua voz seja ouvida no alto.
Será esse o jejum que escolhi, que apenas um dia o homem se humilhe, incline a cabeça como o junco e se deite sobre pano de saco e cinzas? É isso que vocês chamam jejum, um dia aceitável ao Senhor?
"O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo?
Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo?
Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda. [Isaias 58 3-8]
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Isaias deixou bem claro isso em sua denúncia (Isaias 58), onde condenou práticas religiosas que não tenham influência nas esferas sociais, políticas e econômicas.
Ele está dizendo que tal religião é um insulto a Deus e, portanto blasfêmia. É como se as pessoas religiosas estivessem tentando subornar Deus.
“Deus, faremos isto por você se você nos deixar fazer como nos agrada”.
Sabemos também que quando Jesus, o próprio filho de Deus, caminhou sobre a terra, não disse aos doentes “Nunca se preocupem: todas as coisas ficarão boas para vocês no céu”. Não, ele curou os doentes; abriu os olhos dos cegos; alimentou o faminto.
Alguém que hoje tente dizer aos oprimidos, aos que vivem em barracos e favelas, aos que são transferidos de um lugar para outro, que são despejados de seus lares e obrigados a dormir no chão duro por terem a cor de pele errada, que recebem salários mais baixos com um trabalho barato, que moram em casas que parecem caixas de fósforos em rua sem iluminação, sem calçamento, sem recreação; aos que precisam se levantar as quatro da manhã para estar no trabalho às sete ou oito horas porque o sistema de transporte é inadequado; aos que não podem educar os filhos porque precisam pagar pela educação, enquanto os ricos desta terra têm educação gratuita e compulsória para seus filhos – se alguém conseguir dizer às que vivem nessas condições para não se preocupar porque as coisas ficarão boas no céu, então tal pessoa está zombando da religião de Jesus Cristo.
Juliano Fabricio
tentando estar do lado certo
