Estava conversando com Jesus sobre minhas ansiedades cotidianas.
Tenho que trabalhar, alimentar quem amo, pagar despesas diversas. Então Ele me disse para “não estar ansioso, não me preocupar com minha própria vida, com o que vou comer e beber, porque a vida é mais importante que a comida e o corpo, mais que a roupa, que o Pai sabe que eu preciso destas coisas e que cuida de mim mais do que aos pássaros e às flores.
Mas eu ainda tinha o que dizer, não sei se Ele entendeu bem. Acontece que não me bastam apenas comer, vestir e morar em algum lugar, eu carrego anseios mais profundos, objetivos maiores e para viver nesses dias a gente precisa de algumas coisas a mais. Não se trata apenas do alimento, eu tinha que dizer a Ele que eu preciso frequentar alguns restaurantes novos que todos estão conhecendo e postando fotos. Não se trata apenas de vestir, eu preciso comprar tênis e roupa de marca. Não se trata apenas de morar, eu preciso de uma casa maior, com espaço gourmet para ter mínimas condições de aprender a cozinhar.
Ele então me explicou sou eu mesmo quem crio necessidades que não são nada além de projeções e desejos dispensáveis, que me mantêm adoecido e angustiado, consumindo o que não preciso, para mostrar o que não sou, a pessoas que não se importam.
Solenemente Ele afirmou que eu não posso passar a minha vida servindo a dois senhores, não posso dizer que a Ele dei meu coração se a maior parte de meus pensamentos, planos, ocupação, motivação são dedicados ao desejo de ter mais Dinheiro para poder realizar mais sonhos dispensáveis.
Depois, disse ainda que eu podia buscar antes de tudo o Reino de Deus e explicou que eu deveria viver a vida em paz, fazendo tudo de modo a mostrar a realidade deste Reino, que se vê a partir de valores de vida. Disse que o Reino de Deus se manifesta na maneira como vivo, como faço negócios, como trato as pessoas, etc.
Por fim, para me certificar, retoricamente balbuciei pra ver se eu entendi que então eu não deveria chamar de necessidade o que é apenas desejo ansioso de ter e ostentar o que de fato eu não preciso; que eu deveria criar um gatilho em meu consumo, que deveria perguntar se realmente preciso do que estou comprando ou planejando comprar; que eu preciso tratar minhas emoções que me dizem que eu preciso me bancar porque ninguém vai me ajudar nisso.
Mas e amanhã? Será que eu vou ter, amanhã?
Jesus então terminou dizendo que a cada dia bastam as dificuldades daquele dia; que o amanhã será como hoje, com os mesmos desafios de fé e ocupação correta; que o Pai que cuida hoje, cuidará amanhã também e por isso eu posso me concentrar no hoje, no agora.
Ele sorriu com confiança e ternura e disse que eu podia viver em paz, porque Ele vai cuidar do que eu realmente preciso enquanto eu me dedico a viver o que realmente importa.
aprendendo um pouco mais
com o Alexandre Robles