“E aproximaram-se os dias da morte de Davi; e deu ele ordem a Salomão, seu filho, dizendo:
Eu vou pelo caminho de toda a terra; esforça-te, pois, e sê homem.” I Reis 2: 1 e 2
Homens novos, novos homens - Novo homem, mas ainda definitivamente homem! Essa é a realidade tão fundamental e pouco compreendida ao longo da história do cristianismo. A renovação da condição humana, que em linguagem religiosa chamamos de conversão, faz-nos sempre mais humanos, mais gente, mais homens e mulheres. Ao pensarmos sobre a relação entre masculinidade e espiritualidade é preciso afirmar de forma o mais claro possível, que no Cristo os homens são vocacionados à novidade de suas masculinidades. Homens novos deverão ser homens, contudo, novos. Novos na relação que mantém consigo mesmos, com os outros e outras que o cercam, com a natureza e, com o totalmente Outro que é Deus.
A espiritualidade cristã se realiza na corporeidade e, no caso de nós homens, na especificidade de nossa masculinidade. Tomando como paralelo o que nos diz o evangelho, não se pode colocar vinho novo em odre velho. Certamente o odre velho que é uma masculinidade marcada pelo pecado da opressão e dominação, não pode conter o vinho novo do Espírito, a espiritualidade cristã. Homens novos, essa é nossa vocação, aí está nosso chamado à conversão. Somente uma nova masculinidade, assim como o odre novo, pode conter a vitalidade da espiritualidade cristã. E tudo isso só pode acontecer na extensão e profundidade de nossos corpos, corpos masculinos em abertura aos demais corpos, tanto os de nossas companheiras de existência, quanto dos corpos da natureza. Experimentando cotidianamente tal conversão caminhamos cada vez mais para o desabrochamento máximo de nosso ser que consiste na conformação do corpo humano e místico de Cristo. Como diz a poetiza:
A espiritualidade cristã se realiza na corporeidade e, no caso de nós homens, na especificidade de nossa masculinidade. Tomando como paralelo o que nos diz o evangelho, não se pode colocar vinho novo em odre velho. Certamente o odre velho que é uma masculinidade marcada pelo pecado da opressão e dominação, não pode conter o vinho novo do Espírito, a espiritualidade cristã. Homens novos, essa é nossa vocação, aí está nosso chamado à conversão. Somente uma nova masculinidade, assim como o odre novo, pode conter a vitalidade da espiritualidade cristã. E tudo isso só pode acontecer na extensão e profundidade de nossos corpos, corpos masculinos em abertura aos demais corpos, tanto os de nossas companheiras de existência, quanto dos corpos da natureza. Experimentando cotidianamente tal conversão caminhamos cada vez mais para o desabrochamento máximo de nosso ser que consiste na conformação do corpo humano e místico de Cristo. Como diz a poetiza:
“Um dia veremos a Deus com nossa carne”
Nem é o Espírito quem sabe,
É o corpo mesmo,
O ouvido,
O canal lacrimal,
O peito aprendendo:
Respirar é difícil.
Fonte: Novos Diálogos (Adaptado por Juliano Fabrício)