Jesus não promete que num piscar de olhos nós nos tornaremos pessoas totalmente diferentes, com gostos, atitudes e pontos de vista modificados.
Paulo deixa muito claro que os nossos “eus” verdadeiros serão revelados, e que, uma vez que pecados, hábitos, intolerâncias, orgulho e ciúme são impedidos de entrar, para alguns não restará muita coisa.
E muito comum ouvir conversas sobre o céu em termos de quem “entra” ou de “como entrar”. Mas, na verdade, Jesus está interessado em ver nossos corações transformados para que possamos lidar com o céu. Retratar o céu com êxtase, paz e alegria infinita é uma bela imagem, mas levanta a questão: quantos de nós estariam aptos, da maneira com somos hoje? Como entraríamos em um mundo que não comporta o cinismo, a difamação, a preocupação ou o orgulho?
É importante ter em mente que o céu pode ser uma espécie de ponto de partida, um aprendizado sobre como tornar-se humano novamente.
Para entender melhor o que disse vamos imaginar uma mãe solteira que tenta criar seus filhos trabalhando em vários lugares e luta para conseguir ajuda do pai das crianças, que costumava a bater nela. Essa mulher é fiel e devotada aos filhos. Apesar das circunstancias, nunca deixa de acreditar que eles podem ser criados num lar de amor e romper com o ciclo da disfunção e do abuso. Ela não sai para se divertir, nunca tira férias, e o dinheiro não sobra para comprar alguma coisa para si. Dorme poucas horas por noite e no dia seguinte repete a dura rotina de cozinhar, trabalhar, lavar, pagar as contas, trabalhar mais, até desabar na cama, exausta, tarde da noite.
Que historia brilhante, pungente, subversiva, pesada e totalmente real.
Essa mulher tem sido fiel àquilo que recebeu. Ela tem caráter e integridade. Nunca desiste. É carinhosa e amorosa mesmo quando está esgotada.
Uma mulher como essa é confiável.
Será que é esse tipo de “ultimo” que Jesus disse que será o primeiro?
Será que Deus perguntará a ela “Você é o tipo de pessoa com quem eu posso contar na terra”?
Enfim... o desenvolvimento espiritual mais elevado está em ser "comum".
...mas hoje em dia quem quer ser comum!!!
Fica a pergunta e a reflexão... (pense)
Juliano Fabricio
pensando no céu de uma maneira diferente.