Você se considera um anarquista? Essa seria minha resposta:
O meio anarquista é o único no qual frequentemente me sinto bem. Sou eu mesmo. Não me sinto a vontade no meio da direita colaboracionista, a qual não me interessa, nem no meio da esquerda, para a qual eu não sou demasiadamente socialista, muito menos um comunista. E de modo algum, realmente de modo algum, não me sinto a vontade no meio da esquerda cristã...
“Não tem como a anarquia ser muito pior do que esses elementos opressores que temos agora”. Blumhardt
Sei que as organizações e autoridades políticas são necessidades da vida social, mas nada mais que necessidades. Elas são constantemente tentadas a tomar o lugar de Deus.
Instituições: A ameaça não é tanto a sua existência, mas sim a nossa concessão de realidade e importância a elas – nossa auto-doação a elas, dando-lhes importância, creditando fé, fazendo delas ídolos. Revolucionários caem nessa armadilha, com a sua intenção de usar as boas para opor e substituir às más, garantindo então muito mais poder e existência a elas.
#fato [A coisa mais demoníaca que uma instituição “má”, é uma instituição “sagrada”. ]
“Estou orgulhoso de estar diante de vocês como um homem; e se a política não tolera um ser humano, que se dane a política”. Essa, meus amigos, é a pura essência da Anarquia: “seres humanos, sim; políticos, nunca!” Blumhardt pulou fora graciosamente assim que pode.
Não acredito em mudança de cima para baixo.
Mudar as coisas de cima para baixo é tanto característica da Direita quanto da Esquerda.
Estou chegando à conclusão que ambas eu me oponho igualmente.
Para mim e para minha casa, me dê anarquia ou deixe-me rir por último.
Marcos é enfático em dizer que a comunidade de Jesus foi – e então toda comunidade cristã deveria ser – completamente inclusiva em suas adesões. Vejo o Evangelho de Marcos salientando particularmente que mulheres, crianças e gentios estavam inclusos.
Uma teologia não pode ser usada para servir a seres humanos indiscriminadamente.
[#erro#] Alerta de spoiler [#erro#]: Qualquer regime hierárquico culminando em um indivíduo extra-especial o qual presume-se que tenha o poder, diante de Deus, de representar (estar no lugar de) e falar por centenas de milhões de indivíduos e com esse sistema sacramental no qual uma pessoa muito especial, perante Deus, tem acesso à graça para uma multidão de uma maneira que nenhum outro membro do grupo possa.
... Poderia Deus ficar alguma coisa senão infeliz, depois de ter criado pessoas para a individualidade humana, e essas pessoas então têm sua individualidade destroçada, através do embolamento delas em solidariedades coletivas, pelos interesses de um “poder” qualquer? Então, assim também nenhuma “igreja” está presente na pessoa de seus donos, oficiais ou delegados.
Juliano Fabricio
Um Anarquista acidental