Há dias em que a cruz parece pesada demais. Quando as quedas se repetem dia após dia e fica difícil pensar no padrão de santidade exigido por Deus. Por olharmos para trás e vermos mais derrotas que vitórias e para um vasto futuro pela frente, condenado a repetir os dias anteriores.
Talvez você já tenha pensado na impossibilidade de viver os padrões de Deus. Princípios dos quais não se tiram férias, lutas que só terminarão com a morte. Aí pensamos que cedo ou tarde iremos tropeçar, que o pra sempre é tempo demais. Ou o contrário. Firmamos compromissos, estabelecemos metas, perseveramos em oração e… novas quedas.
Creio ser este o motivo especial pelo qual Deus parece gostar mais do dia de hoje do que dos tempos passados ou vindouros. Quando fixamos nossos olhos no passado, avistamos um conjunto de dias, de vitórias e derrotas que devem ser reconciliados através de um aprendizado, e de arrependimento e confissão. O futuro é muito tempo. Nos faz adiar compromissos e projetá-los para um infinito.
O presente, contudo, é o desejo satisfeito. Porque hoje, é mais fácil agradar a Deus que pelo resto de nossos dias. Porque neste momento, dizer não para situações que nos colocam contra parede é viável. E com isso, temos a possibilidade de viver as conseqüências de nossas escolhas também ainda hoje. De desfrutar da presença de um Deus cotidiano, de oferecer-nos como sacrifício santo a Ele, e de escolher pela melhor forma de se viver. Bastando para cada dia o seu próprio mal. E amanhã, a possibilidade de fazer todas estas escolhas novamente, porque as vitórias ficarão no passado, assim como as derrotas, esquecidas por um Deus de perdão.
Juliano Fabricio em outras fronteiras