Estudo 6 - “Não houve remédio algum” (II Cr 36:16)
Quem achava que o período dos juízes, com toda a opressão sofrida da parte de vários povos vizinhos, tinha sido o fundo do poço, mal sabia o que estava por vir... Ou melhor, sabia sim. Leia Deuteronômio 28, do verso 63 em diante. Aquele capítulo, que trata das maldições decorrentes da desobediência, deixava bem claro que uma das conseqüências seria o exílio em outras terras. Não é à toa que os céticos querem nos convencer que Deuteronômio teria sido escrito em uma data muito posterior! Mas leia com cuidado o trecho mencionado. Algumas coisas ali só se cumpriram quando Roma destruiu Jerusalém, isto depois do tempo de Cristo. Cabe aqui uma explicação sobre como funcionam as profecias bíblicas. Imagine-se vendo três montanhas de frente. Um objeto colocado sobre o cume da terceira montanha parecerá estar sobre a primeira, não é? Afinal, você só conseguirá ver a que está na frente. Mas se você olhar de lado, vai ver que são três montanhas. Assim é com muitas profecias bíblicas. O profeta está limitado pelo tempo, logo ele só enxerga em uma direção. Nós, que vivemos séculos depois, podemos olhar para o passado e “enxergar de lado” as três ou mais montanhas.
Fica fácil entender por que Isaías fala, no capítulo 13, sobre a queda do império babilônico e sobre os acontecimentos do fim dos tempos (os mesmos descritos em Apocalipse) no mesmo trecho. Em outras palavras, os profetas enxergavam acontecimentos do dia seguinte e de dias distantes como sendo uma coisa só. Desta forma, muitas vezes não é fácil interpretar alguns textos dos profetas da época pré-exílica - é difícil saber, algumas vezes, se eles se referem ao retorno da Babilônia ou a algum acontecimento do futuro distante com a participação do Messias. E mesmo as profecias referentes a este às vezes se referem à primeira vinda e às vezes à segunda - o exemplo mais claro é a primeira parte do capítulo 61 de Isaías, que Jesus leu na sinagoga até o começo do verso 2 e parou ali, dizendo que a profecia acabara de se cumprir. O resto do verso 2, ao que tudo indica, ainda não se cumpriu!
Voltando a falar do exílio, o acontecimento em questão deu-se no ano 586 aC, quando o exército do rei Nabucodonosor, da Babilônia, destruiu Jerusalém e o templo, antigo símbolo da presença de Deus. Mas antes disso, algumas levas de cativos já haviam sido levadas. A primeira foi em 605 aC, quando foram levados Daniel e seus três famosos amigos, e a segunda em 596 aC, quando foi levado o profeta Ezequiel. Para entender como foi trágico o acontecimento para os judeus, leia o livro de Lamentações de Jeremias. Agora vamos à lição do exílio. Imagine um pai que deseja fazer seu filho parar de fumar, e para tanto o obriga a fumar 10 maços de cigarro seguidos. Provavelmente o filho nunca mais vai querer ver cigarro... Bom, eu não sei se esse é o melhor método para fazer alguém parar de fumar, mas eu sei que foi esse método que Deus usou para livrar os judeus do vício da idolatria. Eles foram levados para uma terra estranha, onde havia mais ídolos do que eles podiam contar. Fato é que, em 536 aC, ao retornarem para a palestina, os judeus estavam totalmente curados da idolatria, tanto que este problema jamais é mencionado outra vez, seja pelos profetas pós-exílicos seja por Jesus.
Espere um minuto, eu falei em 586 e 536 aC, e a essas alturas você já deve estar se perguntando onde entra a profecia dos 70 anos, feita por Jeremias (Jr 29:10), não é? Bom, Jeremias falou que deveriam se cumprir para a Babilônia setenta anos. Nabucodonosor começou a reinar em 605 aC, que foi também quando foram levados os primeiros cativos judeus. O primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, como rei também sobre a Babilônia, agora uma província persa, foi 536 aC. Logo, temos os 70 anos profetizados por Jeremias. Ah, antes que eu me esqueça, os profetas falaram muito mais contra as injustiças e pecados da nação do que sobre acontecimentos futuros!
Agora vamos gastar um tempinho para falar sobre os livros das Crônicas. O primeiro dado interessante é que o livro de II Crônicas termina igualzinho ao começo de Esdras, o que dá a entender uma autoria comum para os dois livros e, o principal, uma autoria pós-exílica. Quando você comparar Reis e Crônicas, lembre-se que os aqueles são pré-exílicos ou talvez da época do exílio, e estes são pós-exílicos. É por isso que em Crônicas não se faz referência ao reino do norte, a não ser quando tem alguma relação com o reino do sul, pois naquela época aquele reino já não existia mais. Outra coisa que vale a pena ser estudada são as genealogias. Que atire a primeira pedra quem nunca se questionou o que elas estão fazendo na Bíblia... Pois bem, tente se colocar no lugar de um judeu, nascido na Babilônia, prestes a retornar à terra dos seus antepassados. De que lhe valeria ir, se não tivesse certeza de quem foram seus ancestrais? Era mais do que necessária uma conexão entre aqueles judeus e os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, por isso I Crônicas começa com uma detalhada genealogia, algo de suprema importância para eles. E o que nós podemos aprender com isso? Aprendemos que Deus preservou todo um povo, tendo o cuidado de não deixar que os registros se perdessem, para que deles nascesse o Salvador do mundo. Lembre-se de uma coisa, a lista telefônica é algo de suma importância, mesmo que ninguém se interesse pelo enredo... Moral da história: as genealogias são para consulta, não para serem lidas como narrativa. Se elas não tivessem sido preservadas, toda a História teria sido bem diferente!
De volta à Palestina, sob a liderança de Zorobabel, a primeira missão deveria ser reconstruir o templo em Jerusalém. No entanto, lemos em Ageu que o povo tinha outras prioridades. E lemos também em Esdras que havia inimigos para se opor. Mas graças aos profetas Ageu e Zacarias, a construção do templo foi concluída no ano 516 aC, duas décadas após o retorno. Mas agora havia uma diferença: Israel não era mais uma nação independente, mas fora reduzida a uma província do império persa. Foi isto que gerou a expectativa de um Messias libertador, que restituísse aos judeus a soberania nacional. Neste caso vale mencionar as profecias de Daniel, que profetizou com precisão sobre todos os reinos que sucederam à Babilônia como potência mundial. Pérsia, Grécia e Roma, e finalmente o Reino Eterno do Messias. Além de Deuteronômio, Daniel é o outro livro que sofre o descrédito dos teólogos liberais, que não acreditam em profecias que se cumprem. Mas a verdade é que Daniel previu todos os acontecimentos principais da História, desde o seu tempo até o fim dos tempos. Não só ele falou dos reinos e do Reino Eterno de Deus, mas falou sobre o anticristo (que tinha uma sombra na figura do general grego Antíoco Epifânio), mencionado por Jesus em Mateus 24 e sobre a ressurreição dos mortos. Se você tiver curiosidade, estude o cumprimento do capítulo 11 de Daniel na história do período inter-bíblico, desde o general Alexandre Magno até seus sucessores. A riqueza de detalhes e o cumprimento fiel das previsões é algo impressionante!
Falando de novo sobre o retorno da Babilônia, convém ressaltar que não foram todos que voltaram com Zorobabel, aliás foi uma minoria, de aproximadamente 50 mil pessoas. Outras levas voltaram com Esdras, em 457 aC, e Neemias, em 445 aC. Esdras voltou com a finalidade de embelezar o templo e instruir o povo, e Neemias para edificar os muros da cidade. Esdras era autoridade religiosa, e Neemias era autoridade civil.
Para ficar mais fácil de você se orientar historicamente, abaixo mostra os reis do período, com os principais acontecimentos:
Acontecimento principal, Exílio e destruição do templo, Retorno à Palestina, Reconstrução do templo, Hamã tenta destruir os judeus, salvos por Ester, Esdras e Neemias vão para a Palestina.(Rei Nabucodonosor Ciro (*) Dario I (**) Xerxes (Assuero) Artaxerxes I Época (aC) 605-562 558-528 521-486 486-465 465-424)
(*) A partir de Ciro os reis são da Pérsia, não mais da Babilônia. Quando a Bíblia fala do primeiro ano do rei Ciro, refere-se ao ano em que este conquistou a Babilônia.
(**) Não confundir com Dario, o Medo, mencionado em Daniel
Vale mencionar também a providência de Deus em salvar o povo judeu da astúcia do perverso Hamã, que afinal de contas agia com procuração do próprio Satanás, que queria destruir o povo do qual nasceria Jesus. A mesma tática de sempre, usada anteriormente através do faraó que tentou matar os meninos israelitas.
Finalmente, observe como, mesmo depois de curado da idolatria, o povo de Deus continua fracassando. Leia Neemias, que fala de como o povo quebrou a Lei, ou Malaquias, que inclusive fecha a cortina do primeiro ato, o Antigo Testamento, falando justamente de João Batista, através do qual Deus falaria novamente após quatro séculos sem voz profética. E não se esqueça, Malaquias (e por conseguinte o Antigo Testamento, no formato como temos hoje) termina com a palavra “maldição”, deixando bem claro que ainda havia muita água pra rolar debaixo da ponte...
No nosso próximo post, vamos falar sobre a consumação da revelação de Deus, a Nova Aliança, também conhecida como Novo Testamento. Até breve... CLIQUE AQUI
Quem achava que o período dos juízes, com toda a opressão sofrida da parte de vários povos vizinhos, tinha sido o fundo do poço, mal sabia o que estava por vir... Ou melhor, sabia sim. Leia Deuteronômio 28, do verso 63 em diante. Aquele capítulo, que trata das maldições decorrentes da desobediência, deixava bem claro que uma das conseqüências seria o exílio em outras terras. Não é à toa que os céticos querem nos convencer que Deuteronômio teria sido escrito em uma data muito posterior! Mas leia com cuidado o trecho mencionado. Algumas coisas ali só se cumpriram quando Roma destruiu Jerusalém, isto depois do tempo de Cristo. Cabe aqui uma explicação sobre como funcionam as profecias bíblicas. Imagine-se vendo três montanhas de frente. Um objeto colocado sobre o cume da terceira montanha parecerá estar sobre a primeira, não é? Afinal, você só conseguirá ver a que está na frente. Mas se você olhar de lado, vai ver que são três montanhas. Assim é com muitas profecias bíblicas. O profeta está limitado pelo tempo, logo ele só enxerga em uma direção. Nós, que vivemos séculos depois, podemos olhar para o passado e “enxergar de lado” as três ou mais montanhas.
Fica fácil entender por que Isaías fala, no capítulo 13, sobre a queda do império babilônico e sobre os acontecimentos do fim dos tempos (os mesmos descritos em Apocalipse) no mesmo trecho. Em outras palavras, os profetas enxergavam acontecimentos do dia seguinte e de dias distantes como sendo uma coisa só. Desta forma, muitas vezes não é fácil interpretar alguns textos dos profetas da época pré-exílica - é difícil saber, algumas vezes, se eles se referem ao retorno da Babilônia ou a algum acontecimento do futuro distante com a participação do Messias. E mesmo as profecias referentes a este às vezes se referem à primeira vinda e às vezes à segunda - o exemplo mais claro é a primeira parte do capítulo 61 de Isaías, que Jesus leu na sinagoga até o começo do verso 2 e parou ali, dizendo que a profecia acabara de se cumprir. O resto do verso 2, ao que tudo indica, ainda não se cumpriu!
Voltando a falar do exílio, o acontecimento em questão deu-se no ano 586 aC, quando o exército do rei Nabucodonosor, da Babilônia, destruiu Jerusalém e o templo, antigo símbolo da presença de Deus. Mas antes disso, algumas levas de cativos já haviam sido levadas. A primeira foi em 605 aC, quando foram levados Daniel e seus três famosos amigos, e a segunda em 596 aC, quando foi levado o profeta Ezequiel. Para entender como foi trágico o acontecimento para os judeus, leia o livro de Lamentações de Jeremias. Agora vamos à lição do exílio. Imagine um pai que deseja fazer seu filho parar de fumar, e para tanto o obriga a fumar 10 maços de cigarro seguidos. Provavelmente o filho nunca mais vai querer ver cigarro... Bom, eu não sei se esse é o melhor método para fazer alguém parar de fumar, mas eu sei que foi esse método que Deus usou para livrar os judeus do vício da idolatria. Eles foram levados para uma terra estranha, onde havia mais ídolos do que eles podiam contar. Fato é que, em 536 aC, ao retornarem para a palestina, os judeus estavam totalmente curados da idolatria, tanto que este problema jamais é mencionado outra vez, seja pelos profetas pós-exílicos seja por Jesus.
Espere um minuto, eu falei em 586 e 536 aC, e a essas alturas você já deve estar se perguntando onde entra a profecia dos 70 anos, feita por Jeremias (Jr 29:10), não é? Bom, Jeremias falou que deveriam se cumprir para a Babilônia setenta anos. Nabucodonosor começou a reinar em 605 aC, que foi também quando foram levados os primeiros cativos judeus. O primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, como rei também sobre a Babilônia, agora uma província persa, foi 536 aC. Logo, temos os 70 anos profetizados por Jeremias. Ah, antes que eu me esqueça, os profetas falaram muito mais contra as injustiças e pecados da nação do que sobre acontecimentos futuros!
Agora vamos gastar um tempinho para falar sobre os livros das Crônicas. O primeiro dado interessante é que o livro de II Crônicas termina igualzinho ao começo de Esdras, o que dá a entender uma autoria comum para os dois livros e, o principal, uma autoria pós-exílica. Quando você comparar Reis e Crônicas, lembre-se que os aqueles são pré-exílicos ou talvez da época do exílio, e estes são pós-exílicos. É por isso que em Crônicas não se faz referência ao reino do norte, a não ser quando tem alguma relação com o reino do sul, pois naquela época aquele reino já não existia mais. Outra coisa que vale a pena ser estudada são as genealogias. Que atire a primeira pedra quem nunca se questionou o que elas estão fazendo na Bíblia... Pois bem, tente se colocar no lugar de um judeu, nascido na Babilônia, prestes a retornar à terra dos seus antepassados. De que lhe valeria ir, se não tivesse certeza de quem foram seus ancestrais? Era mais do que necessária uma conexão entre aqueles judeus e os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, por isso I Crônicas começa com uma detalhada genealogia, algo de suprema importância para eles. E o que nós podemos aprender com isso? Aprendemos que Deus preservou todo um povo, tendo o cuidado de não deixar que os registros se perdessem, para que deles nascesse o Salvador do mundo. Lembre-se de uma coisa, a lista telefônica é algo de suma importância, mesmo que ninguém se interesse pelo enredo... Moral da história: as genealogias são para consulta, não para serem lidas como narrativa. Se elas não tivessem sido preservadas, toda a História teria sido bem diferente!
De volta à Palestina, sob a liderança de Zorobabel, a primeira missão deveria ser reconstruir o templo em Jerusalém. No entanto, lemos em Ageu que o povo tinha outras prioridades. E lemos também em Esdras que havia inimigos para se opor. Mas graças aos profetas Ageu e Zacarias, a construção do templo foi concluída no ano 516 aC, duas décadas após o retorno. Mas agora havia uma diferença: Israel não era mais uma nação independente, mas fora reduzida a uma província do império persa. Foi isto que gerou a expectativa de um Messias libertador, que restituísse aos judeus a soberania nacional. Neste caso vale mencionar as profecias de Daniel, que profetizou com precisão sobre todos os reinos que sucederam à Babilônia como potência mundial. Pérsia, Grécia e Roma, e finalmente o Reino Eterno do Messias. Além de Deuteronômio, Daniel é o outro livro que sofre o descrédito dos teólogos liberais, que não acreditam em profecias que se cumprem. Mas a verdade é que Daniel previu todos os acontecimentos principais da História, desde o seu tempo até o fim dos tempos. Não só ele falou dos reinos e do Reino Eterno de Deus, mas falou sobre o anticristo (que tinha uma sombra na figura do general grego Antíoco Epifânio), mencionado por Jesus em Mateus 24 e sobre a ressurreição dos mortos. Se você tiver curiosidade, estude o cumprimento do capítulo 11 de Daniel na história do período inter-bíblico, desde o general Alexandre Magno até seus sucessores. A riqueza de detalhes e o cumprimento fiel das previsões é algo impressionante!
Falando de novo sobre o retorno da Babilônia, convém ressaltar que não foram todos que voltaram com Zorobabel, aliás foi uma minoria, de aproximadamente 50 mil pessoas. Outras levas voltaram com Esdras, em 457 aC, e Neemias, em 445 aC. Esdras voltou com a finalidade de embelezar o templo e instruir o povo, e Neemias para edificar os muros da cidade. Esdras era autoridade religiosa, e Neemias era autoridade civil.
Para ficar mais fácil de você se orientar historicamente, abaixo mostra os reis do período, com os principais acontecimentos:
Acontecimento principal, Exílio e destruição do templo, Retorno à Palestina, Reconstrução do templo, Hamã tenta destruir os judeus, salvos por Ester, Esdras e Neemias vão para a Palestina.(Rei Nabucodonosor Ciro (*) Dario I (**) Xerxes (Assuero) Artaxerxes I Época (aC) 605-562 558-528 521-486 486-465 465-424)
(*) A partir de Ciro os reis são da Pérsia, não mais da Babilônia. Quando a Bíblia fala do primeiro ano do rei Ciro, refere-se ao ano em que este conquistou a Babilônia.
(**) Não confundir com Dario, o Medo, mencionado em Daniel
Vale mencionar também a providência de Deus em salvar o povo judeu da astúcia do perverso Hamã, que afinal de contas agia com procuração do próprio Satanás, que queria destruir o povo do qual nasceria Jesus. A mesma tática de sempre, usada anteriormente através do faraó que tentou matar os meninos israelitas.
Finalmente, observe como, mesmo depois de curado da idolatria, o povo de Deus continua fracassando. Leia Neemias, que fala de como o povo quebrou a Lei, ou Malaquias, que inclusive fecha a cortina do primeiro ato, o Antigo Testamento, falando justamente de João Batista, através do qual Deus falaria novamente após quatro séculos sem voz profética. E não se esqueça, Malaquias (e por conseguinte o Antigo Testamento, no formato como temos hoje) termina com a palavra “maldição”, deixando bem claro que ainda havia muita água pra rolar debaixo da ponte...
No nosso próximo post, vamos falar sobre a consumação da revelação de Deus, a Nova Aliança, também conhecida como Novo Testamento. Até breve... CLIQUE AQUI