Fracassado.... muitos de nós são assombrados pelo nosso fracasso em fazermos em nossa vida o que ansiávamos realizar. A disparidade entre nosso eu ideal e nosso eu real, o macabro espectro de nossas infidelidades passadas, a consciência de que não estou vivendo o que creio, a implacável pressão da conformidade e a nostalgia pela inocência perdida reforçam um senso torturante de culpa existencial: eu fracassei. Essa é a cruz que nunca esperamos, e aquela que achamos mais difícil de carregar. Quando estamos em oração e na maioria das vezes em profundo silêncio, é como Jesus estivesse falando o seguinte:
“Fui testemunha de um Pedro que alegou que não me conhecia, um Tiago que queria poder em troca do serviço do reino, um Filipe que foi incapaz de ver o Pai em mim, e incontáveis discípulos que acharam que o Calvário era o meu fim. O Novo Testamento está repleto de exemplos de homens e mulheres que começaram bem e vacilaram ao longo do caminho.
Ainda assim, na noite de Páscoa apareci a Pedro. Tiago não é lembrado pela sua ambição, mas pelo sacrifício de sua vida por mim. Filipe viu o Pai em mim quando apontei o caminho, e os discípulos que haviam perdido suas esperanças tiveram coragem suficiente para me reconhecer quando parti o pão no fim da estrada de Emaús. O que estou querendo dizer é o seguinte: Espero mais fracasso de você do que você mesmo.”
Juliano Fabricio